Buenas moçada, tudo certo? Como escrevemos em um texto anteriormente (clique aqui para ler), cada ENART é um ENART. A “normalidade” da coisa, é que nada se repita. Talvez muitas coisas saiam extremamente parecidas com anos anteriores, mas igual, aaa isso nunca acontece…
Este ano foi marcado, em uma escala um pouco mais ampla, pela MUDANÇA e pela DIVERSIDADE. Fugiu-se um pouco daquele sentimento de quem assiste do “mais do mesmo”, ou seja, a impressão de que já viu isso alguma outra vez. Grandes grupos mudaram, e mudaram muito!
Foto: TV Tradição
Pegando exemplos bem rápidos, temos a UNIÃO GAÚCHA e sua coreografia de retirada, onde peões e prendas trocam suas clássicas roupas finas e riquíssimas, por um trajar extremamente simples para um culto a Iemanjá. Ou então o HERÓIS FARROUPILHAS, que estava vindo muito bem no ano de 2015 (até a infeliz desclassificação, e por isso não dançaram o ENART) trajando xiripá farroupilha e colete, e as prendas com vestidos florais simples, e agora trouxeram ao palco uma homenagem a colonização Russa, com trajes finos, muito elaborados e com um ar mais requintado. Temos também o RONDA CHARRUA, calçando bota forte depois de sei lá quantos anos seguidos usando garrão de potro!
Ano de mudanças senhores, uma tentativa de mostrar algo diferente, de renovar!
Foto: TV Tradição
Claro que também existe o outro lado da moeda. O ALDEIA dançou sendo ALDEIA, difícil imaginar algo diferente disso, com muita classe em cada movimento. O TIARAYU, mais uma vez conseguiu retirar sons de sapateios (tanto de peões como de prendas) como nenhum outro grupo o fez até hoje, mesclando com sons de instrumentos e percussão…
Foto: TV Tradição
Diferente de outros anos ou não, o que vale é o registro de que o público não está mais tão preocupado com grandes alegorias para as coreografias, e sim por movimentos diferentes, momentos únicos dentro de cada dança, onde se faça a construção de uma história lá na entrada e encerre em grande estilo na saída.
O PIÁ DO SUL é exemplo disso. Através do som das boleadeiras levantou o ginásio, bem como posteriormente, com “boleadeiras de luz”, causando um impacto visual bonito para todos que estavam assistindo, tornando um momento único em que ninguém queria que terminasse.
Importante também foi a demonstração de quanto importante é ter uma juvenil forte, para formar um grupo adulto. O RANCHO DA SAUDADE utilizou MUITA gente em suas coreografias, e muita gente dançando muito bem! Tinha uma gurizada das buena por lá!
O BENTO GONÇALVES sim deu um show a parte! Levou para o palco dois deficientes visuais, que participaram integralmente das coreografias, realizando movimentos e sapateios. Para concluir, o grupo todo saiu de palco sendo guiado, em duas filas, pelos Peões com deficiência. Foi uma demonstração única de que sim, somos todos iguais, independente das capacidades físicas!
Foto: TV Tradição
Não podemos não citar o que fez o GILDO DE FREITAS! A maior demonstração de ousadia de todo o ENART, onde colocou o Sr. Vasques para dançar a TIRANA DO LENÇO, no meio do palco, juntamente com o grupo. E isso não foi em coreografia, foi na dança sorteada mesmo! Que baita homenagem che!
A ideia deste texto não é exatamente destacar individualmente os grupos em si, mas sim mostrar que essa mudança está acontecendo, e principalmente os coreógrafos estão passando por um processo de reciclagem, e com isso, muita gente nova está também entrando no circuito.
Acredito que o público quer apenas uma coisa: um grande espetáculo, diferente de tudo o que já viu! Difícil? Talvez, mas grandes grupos conseguiram encantar em 2016!
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