“Tchê, como assim o que é a dança? Todo mundo não sabe o que é a dança? Parece uma pergunta meio óbvia, não?”
(Este texto foi originalmente publicado em Setembro de 2016)
Mas afinal, o que é a dança? Pergunta que parece extremamente simples, mas que tem um significado muito profundo se pararmos para realmente compreender.
Então che, se tu quer saber mais sobre o que afinal, é a dança, CONTINUA LENDO, e depois compartilha com a gauchada do CTG e teus amigos!
Por que falamos tanto em sentir a dança, viver a dança, transformar em algo muito mais íntimo do que simplesmente executar passos? Fácil. Com a palavra o Sr. João Carlos Paixão Côrtes, em seu livro “Danças e Dançares – Ausentes no Atual Tradicionalismo” de 2001.
“Dançar é um exercício físico e mental em que se deseja harmonizar os movimentos corporais ao ritmo da música e cujo tema deve estar em sintonia com o estágio psicossocial e cultural do indivíduo, sem que se perca de vista a estética.”
Harmonia, sintonia, ritmo, estética… Conceito muito simples. E por que notamos tanta diferença de um grupo para o outro? Ou então indo mais no detalhe, de uma pessoa para outra?
“Dance com a cabeça e não somente com os pés. A mente é que comanda as manifestações físicas do nosso ser. A medicina conceitua “morte cerebral” como “morte da vida”. Não seja um dançarino “morto” e não faça do dançar, uma manifestação sem vida”.
Qual o tamanho dessa colocação?? Não fomos feitos para executar apenas, e sim para viver. Não ser um dançarino morto, ter vida!!
“Coreograficamente tem gente “caminhando” e “marchando”, pensando que está dançando!
A dança exige mais: espiritualidade.
Vemos, frequentemente, não o dançar de Danças Gaúchas, mas, simplesmente, apresentações “descritivas”, sob a forma de movimentos corporais bitolados, maquinais, “abotoadinhos”; sem sensibilidade maior da arte nativa; “certinhos”, “parelhinhos”, mas inanimados.”
Poderíamos entrar em uma discussão bem grande sobre as diferenças entre o ENART e o CAMPEIRO quanto a dançar mais reto ou mais embalado, a caminhar, marchar e etc… mas é uma discussão que não leva a nada, e sim devemos apenas entender que existem diferenças. O que não podemos deixar de citar, realmente, para os dois “estilos” é que os movimentos que são apenas executados, não passam nada. Não podemos também confundir Harmonia com falta de expressão. Um grupo pode dançar extremamente harmônico, e ainda assim, passar naturalidade e expressividade.
“A interpretação destaca a personalidade do bailarino e projeta sua postura na dança. Descubra a mensagem que a dança traduz e entregue-lhe a pujança de se coração. Se não, você verá um eterno dançante vazio, como tripa de linguiça, ao vento…”
Então, não limite-se a simplesmente dançar por dançar. O faça se realmente deseja demonstrar algo. Aproveite este momento. Não importa se em um tablado, um baile, no quarto…
DANCE MAIS!
VIVA MAIS!
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