Poesia Gaúcha: Uma arte extremamente antiga em que exige muita sensibilidade!
Pedimos um apoio dos nossos seguidores lá no Instagram que nos mandaram um pouco do sentimento do que a Declamação é para eles, e no final deste texto deixaremos alguns registros.
Para quem não conhece, a Declamação é a capacidade que uma pessoa desenvolve de Declamar/Recitar/Falar um poema, expondo todos os sentimentos que a mesma pode transmitir, fazendo com que o ouvinte sinta-se parte daquela história que está sendo contada.
Este é um cenário em que o Rio Grande do Sul é verdadeiro destaque nacional. Assim como no Nordeste existe a Literatura de Cordel, aqui no Estado a poesia gaúcha existe há muito tempo.
As poesias por aqui são em forma de música, payada, poema…
A payada por exemplo, se tornou referência na voz e na técnica de Jayme Caetano Braun e suas décimas.
“A um bochincho – certa feita,
Fui chegando – de curioso,
Que o vicio – é que nem sarnoso,
nunca pára – nem se ajeita.
Baile de gente direita
Vi, de pronto, que não era,
Na noite de primavera
Gaguejava a voz dum tango
E eu sou louco por fandango
Que nem pinto por quirera!“
Hoje acreditamos que a maior referência seja o payador e poeta Pedro Júnior da Fontoura, que com seus improvisos já rodou o mundo com acompanhando grupos de dança.
Voltando para a declamação em si, cada vez mais os concursos estão lotados de ótimos concorrentes. Esta arte que exige total concentração, desde o momento da escolha da poesia, onde o sentimento já começa brotar ao ler pela primeira vez, até o momento crucial de transpor para o grande público.
Poesias que falam de festas, de carreiras… mas também de perdas, de morte…
Ahh, como é lindo o domínio dessa arte!
Quantas lágrimas já brotaram nos olhos de poetas ao verem suas obras serem interpretadas.
É o momento em que poeta e declamador se tornam um sentimento único, e trazem o público para este mesmo sentimento, se tornando parte de uma história que quem sabe nunca tenha existido, mas que naquele momento, nada mais importa que não o seu desfecho final.
E agora, uma ajudinha de fora:
Rosa Linn: ‘Declamar, é SER a poesia a cada palavra recitada, com paixão, amor e VERDADE“
Aritanna Kuyumtzief: “Declamar é sentir a alma deixar o corpo e vagar por outras fronteiras, outros pagos, outras querências… É voltar na história, voltar nos tempos. Viver vidas que não vivi. Declamar é sentir o mundo inteiro silenciar e, assim, ouvir apenas o meu coração pulsando fora de mim.“
Giuliano de Andrade: “Declamar é muito mais que técnica e ensaio, é a conexão entre o declamador e o poema. E se transportar por alguns instantes pra um mundo criado pelo autor do poema, nas recriado de forma única por cada um que declama.“
Darçy Pereira: “A regra é quebrar o vidro dos olhos, poesia, vem do fundo da alma!“
Aos poetas, declamadores, payadores, nosso muito obrigado!
Rio Grande não é Rio Grande sem a arte de vocês!