Buenas moçada, como estão?
Pois olha, chegou a hora. Talvez demorou um pouco demais até eu diria.
“Tarda mas não falha”, diria algum xirú véio em algum galpão de estância.
Abaixo, a entrevista derradeira, publicada pelo jornal O Florense de Flores da Cunha, onde retiramos apenas o trecho que trata do assunto:
ENTREVISTA JORNAL O FLORENSE:
O Florense: O Sr. se orgulha mais de ser gaúcho, do que brasileiro?
Paixão: Não, não… eu sou brasileiro. Tenho minha Pátria maior, mas tenho consciência das minhas origens e estudo permanentemente para descobrir mais e mais valores.
O Florense: É um equívoco, então, a exaltação, tão comum aos gaúchos, sobre as características de sua população em relação aos outros brasileiros?
Paixão: Isso é gauchada… motivada por uma necessidade de auto-afirmação de quem não entrou no desenvolvimento cultural e social do Rio Grande de hoje, que é de um povo integrado aos princípios nacionais. Agora, se os princípios, as filosofias, os líderes nacionais não são tão nobres como nós gaúchos desejávamos, isso é um outro problema.
O Florense: A partir disso, tem muita gente que defende a ideia separatista. O que o senhor pensa a respeito?
Paixão: As ideias separatistas de hoje não passam de momentos, uma nuvem que passa para pessoas que não estão integradas ou que não se propõem a se integrar e que não trazem contribuição para a solução dos problemas, ficando num diletantismo político, estéril, diante de uma realidade que exige consciência de suas raízes e atitudes dignas para o desenvolvimento do Estado, do município, da sociedade. Não é apelnado para o passado que vamos justificar a necessidade de ser diferentes dos outros.
Não entendeu nada?
Pois é, chegou a hora, realmente, mas não a hora de querer bater no peito e dizer que o gaúcho é o melhor do mundo, e que se hoje nos separássemos do restante do país seríamos uma potência.
Isso se chama Utopia. Inverdade. Sonho
Pra ter ideia, este texto foi publicado em 2002!!!
É impossível acreditar que 15 anos depois, ainda exista tanta gente que acredita e “luta” por isso.
Ao invés de lutar pela propagação da cultura pelo país, para que não morra, não…
Somos diferentes? Sim somos, e ainda bem que nenhum povo é igual ao outro, mas isso não faz ninguém ser melhor do que ninguém.
O que temos que lutar e sempre defender é manter viva a nossa tradição, e mostrar o que somos e de onde viemos.
Confrontar com outras culturas? Burrice…
Feitoria então? Espero que tenham gostado. Se concordam ou discordam, comentem lá no nosso FACEBOOK onde tem este post.
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Gracias!!