Buenas moçada!
Coisa linda a Festa do Divino.
Poucos são as localidades que ainda cultuam a festa de forma completa. Algumas cidades ainda passam a bandeira de casa em casa, cantando e tocando gaita, porém não exatamente como feito antigamente, mas menos mal que é feito. Pior é se morrer essa tradição.
Paixão Côrtes escreveu um livro chamado “Folias do Divino”, no ano de 1983, onde explica bem direito a origem, o significado dos símbolos, bandeira, mastro, alferes etc…
Resolvi na verdade escrever este texto, para ressaltar uma parte que chamou atenção, contando sobre a Festa do Divino na localidade de Criúva, aqui em Caxias do Sul, onde existe até hoje as comemorações, e inclusive, estamos no meio das datas comemorativas.
Segue o trecho:
“A festa anual do Divino, no Rio Grande do Sul, com as características de maior tradicionalidade no meio rural gaúcho, só a conhecemos, atualmente, no distrito de Criúva, Município de Caxias do Sul.
Ela vem sendo reativada há 11 anos graças à comunidade local e ao apoio do padre Pedro Rizzon que reavivou este folguedo, da Folia, entregando os aspectos precatórios aos gaúchos “pelo-duro”, de herança biriva-serrana, e a parte administrativa e de organização, aos descendentes de colonizadores italianos, que chegaram à região nos primórdio do atual século.
Dada a importância folclórica do tema, dirigimos uma equipe de pesquisadores e técnicos do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, integrada por (aqui vem uma lista de nomes) que gravaram entrevistas, registraram sonoramente o canto dos foliões, documentaram em fotos, dispositivos e filmes Super 8 e 16mm coloridos, os mais variados e amplos aspectos dessa tradição que vem sendo revivida, anualmente, nesse lugar.
Entre as quadrinhas cantadas pelos foliões, sob a direção do mestre Jorge – “Boca de Sino” – Oliveira Rodrigues, que este ano fizeram peditório nas áreas citadinas e no interior dos municípios de Flores da Cunha, São Francisco de Paula, Caxias do Sul, Bom Jesus, Lagoa Vermelha, Vacaria, Passo Fundo, Porto Alegre e até mesmo em Santa Catarina (Lages e Curitibanos). Registramos os seguintes versos:
Desejamos que a bandeira
Seja a estrela que brilha
Que traga saúde e paz
A toda sua família.
Queremos paz e perdão
À família e seus parentes
Trazendo muita alegria
Dando saúde aos presentes
A bandeira do Divino
Vai entrar nesta morada
Visitar a sua casa
Pra que seja abençoada
O Divino Espírito Santo
Vem trazer paz e amor
Vem pedir uma esmola
Para a festa em seu louvor.
A bandeira se despede
Desta casa hospitaleira
Dos devotos do Divino
Que estão beijando a bandeira.
Uns devotos estão chorando
Outros riem de contente
Se Deus quiser para o ano,
Voltaremos novamente.”
Que moçada?
Tradição viva e pura do nosso Rio Grande!
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Forte quebra!