Buenas moçada!

Aqui no sul todo mundo sabe que a coisa é diferente.

Até o jeito de ficar doente é diferente.

E pra isso, o grande poeta Jayme Caetano Braun fez um baita poema, no qual escrevemos a seguir:

Eu não levo nos arquivos,

Desta farmácia caseira,

Arrogâncias curandeira

Nem ganas de saber tudo

É apenas simples estudo

Da Medicina Campeira!

É aquilo que agente aprende

Do chiru velho e da china

Que aos manotaçoes da sina

Cruzaram pela existência

De tudo que a vida ensina!

É por demais conhecida

A farmácia campesina!

Ora grosseira, ora fina,

Mesmo rude, é coisa nossa,

E há quem diga que faz mossa

Nos tratos da Medicina!

O PAU-FERRO é bom pra o sangue;

Pra o estômago a MARCELA…

E se quer um sentinela

Pra cuidar o coração,

Tome no mate o GERVÃO

E a MAMICA DE CADELA!

A folha da CAMBARÁ

Pra o catarro e a bronquite

É um pealo – Não é palpite! –

De verdade se termina,

E um chá forte de TRÊS QUINA

Derruba qualquer colite!

Para a tal de coqueluche

Essa doencita atrevida

Chamada tosse-comprida

Que ataca mesmo sem trégua

Dê à criança LEITE DE ÉGUA

Que fica bom em seguida!

Pra bexiga, ARAÇÁ

Isso é de hoje pra amanhã;

Deixa uma pessoa sã

Como melhor não se viu….

E pra curar um churriu

Chá de CASCA DE ROMÃ!

Pra assadura de laço

Não tem graxa nem gordura,

Pois deixa uma criatura

Esperneando e dando guincho,

Só há um remédio cochincho,

É mijar na queimadura!

A ERVA-DE-PASSARINHO

Que solta um branco leitoso

É um remédio poderoso

Pra gripe e pneumonia…

Dor no fígado alivia

Com RAIZ DE FEDEGOSO!

Pra bouba, é fato provado,

Não adianta benzedura.

O que serve é uma mistura

Mais conhecida por MASSA

Que com dieta e sem cachaça

Qualquer china velha, cura!

Pra estancar sangria braba

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E não perder mais um pingo,

– Não é remédio de gringo! –

Pegue uma palha de milho

E faça logo um atilho

Na junta do dedo mingo!

Pra mau olhado que botam

Em potrilho, até em cavalo

Tem um remédio que é um pealo

Barato, nem custa nada

É uma FITA COLORADA

Atada bem no gargalo!

Pra inchadura de íngua,

Do sovaco e da virilha

É sistema na coxilha

Benzer numa estrela, em cruz,

Citando além de Jesus,

Toda a Sagrada Família!

Cobreiro brabo, sabemos

Que médico não liquida,

São os mistérios da vida!

Procure uma Benzereira;

Pois, em duas SEXTA-FEIRA

Desaparece a ferida…

O AÇOITA-CAVALO, A QUÁCIA,

A SETE SANGRIA, A ARNICA,

São na rústica botica

Medicações de valor,

Que qualquer peão domado

Diz logo como se aplica!

O LOURO, O CEDRO, O MARMELO,

A PITANGUEIRA, O IPÉ,

A ALFAFA E O SANTA-FÉ,

QUEBRA-PEDRA, ERVA-DE-TOURO,

Tudo é remédio de estouro,

Basta que se tenha fé!

A mordedura de cobra

Deixa um índio na miséria,

Não brinque que a coisa é séria;

E antes que o sangue envenene,

Tome logo QUEROSENE

Se não tiver a PLUMÉRIA!

O tal de MEL DE IRAPUÁ

Flocha um catarro qualquer,

Pode vir de adonde vier

É melhor que cataplasma

E cura um ataque de asma

Já na segunda colher!

Pra Mandado e Raio guacho

Não há remédio – já creio! –

Pois não escolhe rodeio

Nem respeita parentesco…

Coisa boa, é ESTERCO FRESCO

Pra pisadura de arreio!

Só existe um mal, meu patrício

Pra o qual não conheço cura!

Misto de dor e amargura

Que já causou tanto estrago.

Pois não se afoga num trago,

Nem se queima a ferro quente:

É aquilo que o guasca sente

Quando está longe do Pa

Que tal che?

Pra fraco nunca serviu!

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#Jayme #Medicina

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