paixão côrtes

Dia 6 de Janeiro, dia dos Santos Reses!

Recebemos por e-mail o vídeo abaixo, de Carlos Paixão Côrtes em nome da família Paixão Côrtes, no qual divulgamos na íntegra.

Logo abaixo, texto retirado do Facebook do CTG Brazão do Rio Grande, de Canoas, e suas fontes!

PAIXÃO CÔRTES, E SUAS PALAVRAS!

“Sempre que se aproxima o fim do ano, vejo entristecido que a querência vai se deixando envolver, mais pelas fantasias das luzes da cidade, pela ambição de um certo comércio, sedento de grandes lucros. Refiro-me ao PAPAI NOEL e ao NATAL.

Desde meus tempos de piá, cruzando a linha divisória que une Santana do Livramento à Rivera (Uruguai) e, anos mais tarde, quando em pesquisa sobre música folclória, visitei o Paraguai, Argentina e Bolívia, verifiquei ainda a diferença das comemorações do Ciclo Natalino desses países com o nosso.

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Aliás, da América Latina, é, mais freqüente no Brasil, que apareça a figura, misto de “Lucifer-santo”, atemorizando as crianças travessas e faltosas, prometendo-lhes varas de marmelo e, quase ao mesmo tempo, com um saco de brinquedos às costas, estende a mão aos guris comportados, oferecendo-lhes “bondosamente” presentes.

Na maioria dos demais países sul-americanos, não encontramos Papai Noel distribuindo presentes no Natal, como acontece em nosso país. A verdadeira tradição natalina rio-grandense é aquela em que se comemora o dia do nascimento de Cristo, diante de um presépio, com Menino Jesus na manjedoura, com burrico, vaquinha, ovelha, cânticos, anunciando a chegada dos Reis Magos… Este é o verdadeiro NATAL GAÚCHO

Festa da família. “Dia de Navidad” como denominam os países de língua espanhola na América do Sul. Qual a razão do renascimento do culto de uma árvore, tão difundido entre os povos mais primitivos? De onde é, este tipo de pinheiro, estranho ao nosso, que se desenvolve em determinadas regiões do Brasil? Imaginem só! No mais forte do verão, aqui, um Papai Noel vestido com grossas roupas de lã, capuz, todo respingado de neve, descendo, de botas, de uma chaminé ou sentado em um trenó, puxado por gamos…

Velinhas e bolinhas coloridas completam os enfeites das mesas onde são servidas nozes, tâmaras, torrones, chocolates, ameixas secas, passa, etc, alimentos de alto teor calorífico, próprios para o inverno, em pleno clima europeu… Tudo isso num país tropical como o Brasil!!! Entretanto, tentemos encontrar, na história universal das festividades natalinas, algumas explicações para o surgimento de certos acontecimentos, hoje vividos em muitos rincões do mundo!”

J.C. Paixão Côrtes

*Texto excerto de “Terno de Reis – Cantiga do Natal Gaúcho” (1960), replicado em “Natal Gaúcho e os Santos reses” (1982) e “Tirando Reses no Natal Pampeano” (2000);
*Audio fragmento do programa de rádio “Agricultura e Coperativismo”, especial de Natal, de Dezembro de 1981, digitalizado de fita magnética (K7), distribuída como divulgação do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, da Secretaria de Desporto, Turísmo e Cultura do Rio Grande do Sul (participação especial de Paixão Côrtes e Grupo Tempero, do IGTF);
*Vídeo montagem de Carlos Paixão Côrtes;
*Imagens do acervo particular da família.

Salve o dia 6 de Janeiro, o dia dos Santos “Reses”!

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