Todos buscam o reconhecimento do seu trabalho, porém, o foco deve estar nas pessoas, e não no resultado.
Você já deve ter cansado de ler por aí diversos textos cheio de reclamações sobre o “momento” em que o Tradicionalismo Gaúcho se encontra.
Uns reclamam das comissões avaliadoras, outros da falta de estrutura dos eventos, outros da política na escolha dos cargos, e por aí vai!
O que você nunca lê por aí, é o que fazer para contornar tudo isso.
Ninguém quer te ensinar o “caminho das pedras”, como diriam os antigos. Muito mais fácil é reclamar em público, mas trabalhar em sigilo, e caso o reconhecimento não venha (entenda reconhecimento como troféu, por exemplo) é mais fácil reclamar e dizer: “viu, eu avisei que isso ia acontecer“.
A grande pergunta que me fiz nos últimos meses é: por que alguns CTGs sempre são GIGANTES, e outros aparecem do nada, e da mesma forma somem…?
Qual a diferença entre um CTG que é grande em todas as escalas (estrutura, número de sócios, participantes ativos, organizador de grandes eventos…) e os CTGs que vão muito bem em dança em um ano, mas precisam depois de mais dois ou três para se reestruturar?
Acredito que a grande resposta esteja na GESTÃO DE PESSOAS.
Os grupos que são vencedores, falando propriamente das danças, não o são simplesmente por terem os melhores dançarinos do mundo.
“Dança é momento” – a frase mais clichê que também é muito usada no futebol – porém o “momento” é construído ao longo de meses ou até anos.
Por que os grupos que reúnem 2 de um CTG, 3 do outro, 2 de outro, 3 da juvenil de outro, e por aí vai, acabam durando pouco tempo?
Porque os valores não estão alinhados!
Quando o grupo cresce e amadurece junto, principalmente depois de tomar muito pau nos rodeios, as coisas começam a ficar mais claras. E quem permanece, o faz porque tem convicção na Entidade.
E é papel não só do Instrutor fazer essa gestão e mediar todos os possíveis conflitos que resultados negativos podem trazer. Mas também da coordenação, patronagem, posteiros e lideranças internas do próprio grupos.
Talvez você esteja pensando em possíveis exceções para contradizer meu ponto de vista.
“Ah, mas o Aldeia quando ganhou em umas das 11 vezes, o pessoal brigava bastante…”
Ok, vão haver exceções, como em tudo. Mas não pense nas exceções, pense no todo.
Quando um grupo é “calejado”, que já passou de tudo um pouco, dificilmente um resultado ruim vai tirar o brilho no olho dos dançarinos.
Então se eu pudesse te contar o segredo para vencer qualquer festival, eu diria: aposte nas pessoas. Não só no grupo de dança, mas em toda a estrutura. Todos serão fundamentais, e principalmente, valorize cada um!
Vestir a camisa do CTG é necessário, pois isso fará todos ensaiarem mais que os seus concorrentes. Mas não esqueça que também tem que ser um lazer, também tem que ser prazeroso. Os excelentes grupos sabem a medida certa para conciliar um trabalho.
Então ache a medida do seu grupo, invista nas pessoas, e sonhe grande!