Ainda que os ataques pessoais estejam beirando o ridículo, não é possível separar o tradicionalista do cidadão, nem o homem das suas ideias.

Esses dias eu li uma postagem do campeão mundial de judô e deputado federal, o gaúcho João Derly, que me chamou a atenção. Confesso que pouco conheço do atleta, menos ainda do político. Mas uma frase do seu post na rede social me fez reler todo o texto novamente:

“Toda conquista pede por sacrifícios, exposição e o julgamento das pessoas. E precisamos saber confiar no objetivo que temos em mente.”

O ser humano, imperfeito como é, expõe-se para aparecer-se, para defender uma ideia, para ser porta-voz de um grande acontecimento/movimento, para criticar os outros. As redes sociais são, sem sombra de dúvidas, as vitrines mais utilizadas para tais exposições nesses tempos modernos.

Inúmeras vezes, eventos e acontecimentos de relevâncias social e cultural perdem espaço na vitrine para a “bomba” do dia.

Alguma indireta, um debate sem conhecimento de causa, uma acusação traiçoeira (em que só um lado da história é revelado). E perde-se energia, espaço e tempo – que não há sobrando na correria do dia a dia – para uma defesa, às vezes para uma acusação replicante e, sem esquecer, a consequente criação de inimizades.

Um homem muito culto disse uma vez que o MTG somos todos nós; outro, que o foco principal de nossas ações deve estar no coletivo. Com lideranças que discursam sobre a mesma ideologia, mas que agem de forma tão distinta chegando ao ponto de dividir o Rio Grande tradicionalista, não é surpresa a enxurrada de exposição acontecendo no momento atual.

Barbosa Lessa escreveu “Ainda que o tradicionalismo seja compreendido em sua finalidade última apenas por uma minoria intelectual, para vencer, ele precisa ser sentido e desenvolvido no seio das camadas populares”.

Não esqueçamos que são essas camadas que em janeiro elegerão o novo Conselho do MTG.

Responsabilidade grande essa de analisar a exposição e julgar o desempenho e os sacrifícios dos candidatos aos cargos mais importantes do tradicionalismo organizado.

No entanto, uma verdade segue absoluta nesse período de “campanha eleitoral”: ainda que os ataques pessoais estejam beirando o ridículo, não é possível separar o tradicionalista do cidadão, nem o homem das suas ideias. Muito menos apagar ou distorcer um legado.

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E mesmo que as tentativas sejam fervorosas nesse sentido, logo chegará o dia em que o verdadeiro tradicionalismo irá cobrar seu preço.

Sabe por quê?

Porque não é de hoje que o Movimento clama por lideranças que tenham coragem e sigam firmes no propósito de fazer valer o amor, a doação e a crença da coletividade; lideranças que escutem, ponderem e representem os anseios de indivíduos que dedicam suas habilidades, que compartilham seus conhecimentos e que adotam tal filosofia de vida para fazer a diferença na sociedade.

Afinal de contas, quem faz o tradicionalismo não é o MTG, são as pessoas.

E se estas não se sentirem representadas por sua liderança maior, nunca se sentirão parte do tal MTG. E assim, não haverá propósito na continuidade, nem na busca pessoal e coletiva de saber mais e de fazer melhor.

Ouvi numa reunião do Conselho Diretor do MTG: “as ideias de um homem não custam nada, mas colocá-las em práticas pode ter um preço muito alto. Se o indivíduo que deu voz a tal pensamento parafraseou algum filósofo ou não, realmente não sei.

Mas, essa lembrança me serve de reflexão para o atual momento.

Espero que sirva aos demais também.

Renata da Silva, Primeira Prenda Adulta do Estado do Rio Grande do Sul 2017/2018, é a mais nova aliada da Estância Virtual, que estará expondo suas ideias e opiniões aqui no nosso blog, assim como o caminho está aberto para mais pessoas que desejem contribuir e expor suas opiniões.

Forte abraço aos amigos!

#ColunaRenatadaSilva #MTG #Tradicionalismo #Tradição

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