O dia 20 de setembro é o mais comemorado no Rio Grande do Sul. Em 1835 iniciou-se a Guerra dos Farrapos sobre a liderança de Bento Gonçalves, Canabarro e Giuseppe Garibaldi a qual se encerrou em 1845.

Com a celebração de um armistício entre o governo Imperial e os Farroupilhas, encerrou-se a batalha que durou dez anos, e os gaúchos ficaram independentes do governo Central.

Neste dia a História da República Riograndense é revivida, os revolucionários são homenageados e a Cultura gaúcha é fortalecida desde as grandes cidades como Porto Alegre, Pelotas, Caxias, Santa Maria, até pequenas cidades na Região das Missões, assim como da Campanha, fronteira com Uruguai e Argentina.

As tradições campesinas também são lembradas com zelo e reverência. Se eu fosse um guia turístico diria: Estância é uma fazenda, na qual se cria ovelhas e gadarias no Rio Grande do Sul; não confundir com Cabanha, local específico no qual se cria animais especiais.

Na Estância tem a Casa do patrão, o galpão com fogo de chão, capataz, criadagem, peões, carreteiro, lavoureiro, celeiro, alambrador, guasqueiro (trançador de couro), tropeiro, e posteiro (mantenedor dos postes do aramado);

O palanque, (tronco no meio do potreiro, piquete e/ou curral), serve para doma de potros, e cura do gado; apeiros, (arreios), esquilador (tirador de lã), domador, potreiro, paiol, taipa, (açude e cerca de pedras), alambrado (cerca), piquete, tronqueira, (mourão de porteira), e tafona, (casa de farinha).

rancho gaúcho

Tem rancho (compra do mês), e rancho (casa de agregado coberta de capim Santa Fé), catre, (cama de tábua), charque, arroz carreteiro, canha (pinga), cambona (chaleira preta de ferro), chimarrão e acordeona. Um Centro de Tradição Gaúcha retrata bem este contexto.

Próximo ao lageado (riacho), arroio (rio pequeno), ou sanga (pindaíba), tem graxaim, (lobinho), lixiguana (abelha), sorro (cachorro do mato), cotovia, quero-quero, calandra, carancho (gavião real) e curruíra.

A estância é uma invenção do Missioneiro Jesuíta Mendonza. Quando havia fome no século XVII, trouxe milhares de cabeças de gado da Argentina e partilhou com várias estâncias do RS.

O padre ensinou aos índios a fazer churrasco, a lida nas mangueiras, currais, e bretes; o manejo do gado com uso do cavalo; otimizou o consumo do chimarrão e a indiada deu origem ao gaúcho.

Por ser conservador o estancieiro tradicionalista não permite a frequência nos galpões, das mulheres: prendas, chinas, gurias e chinocas, visto ser um ambiente típico dos homens rústicos ou baguais.

Os imigrantes Italianos e Alemães com seus vinhos, cucas, salames e queijos enriqueceram as adegas, shoppings, pulperias e bolichos dos pagos do Sul.

Dedico este artigo aos queridíssimos gaúchos, da cepa ou de alma, e a todos os simpatizantes da linda cultura do Rio Grande do Sul.

Oigaletchê!

vinte de setembro

Sobre o Autor:

Dr. Francisco Mello dos Santos. Rondonópolis-MT, Advogado Criminalista. OAB-MT 9550. Especialista em Direito Penal e Processual Penal; Historiador, Professor de carreira e amante do Tradicionalismo Gaúcho..

#20deSetembro #Revolução

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