Os Muuripás, conjunto de cultura nativa, foi fundado a 22 de agosto de 1971, para estudar, pesquisar e desenvolver artisticamente – em forma de recitais, palestras e espetáculos – os motivos tradicionais e folclóricos da terra e do homem gaúcho.
Foi um dos maiores grupos de danças folclóricas que o Rio Grande do Sul já teve, e quem sabe o único grupo de danças realmente profissional que aqui se estabeleceu.
Dançavam a Chula, Dança dos Facões, Malambo… além das danças de conjunto, sempre com grandes pesquisas para que os temas fossem apresentados da maneira mais fidedigna possível.
Há quem diga que quem entrasse para os Muuripás precisava respirar o ar do grupo, que era realmente uma honra fazer parte do grupo que envolvia toda uma mística no Estado.
“O nome Muuripás, que na língua do branco quer dizer venturoso, os que têm sorte, surgiu de uma lenda guarani. Para chegar a muuripá o guerreiro escolhido deveria cumprir provas de astúcia e valentia ao longo dos sete caminhos da morte, que ofereciam peripécias na mata virgem, na correnteza dos rios, na caverna dos espíritos e até mesmo no campo aberto.
O retorno vitorioso deveria acontecer ao término da sétima lua. Se assim não ocorresse, estaria frustrado o desejo e a honra do jovem índio de se tornar um muuripá.
Vencidas todas as provas, ele era conduzido e aclamado pelos caminhos que levavam aos acampamentos da grande tribo. Lá recebia a boleadeira de pedra, símbolo da astúcia e da valentia. Depois, em grande cerimônia, era marcado na fronte do guerreiro – com fogo e erva sagrada – o emblema da lua nova, para que fosse o seu enigma de ventura e boa sorte, tanto na paz como na guerra. Cumprida a cerimônia, o novo muuripá passaria a integrar a elite guerreira da sua tribo, recebendo como prêmio sete virgens, que, por sete dias o divertiriam e lhe dariam prazer.
Conta-se que Sepé Tiaraju teria sido o último dos “muuripás” e, como os outros, também receber seu prêmio.” – Informações do Blog do Léo Ribeiro
Confira abaixo recortes de jornais que tratavam dos Muuripás: