antor, compositor e poeta faleceu hoje, 02 de Maio de 2018…
Buenas amigos…
Com pesar que noticiamos a morte de Mario Barbará, uma legenda da música gaúcha.
Com 63 anos, Mario Barbará lutava contra um câncer e faleceu em Porto Alegre, por volta das 6hs, no hospital São Francisco, do complexo Santa Casa.
O cantor nascido em São Borja escreveu grandes clássicos da música gaúcha, e sagrou-se campeão da 5ª Califórnia da Canção Nativa, com a música Roda Canto, dele e do grande Aparício Silva Rillo.
Deixamos abaixo algumas das suas canções mais conhecidas:
DESGARRADOS:
“Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas, Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas E são pingentes das avenidas da capital
Eles se escondem pelos botecos entre cortiços E pra esquecerem contam bravatas, velhas histórias E então são tragos, muitos estragos, por toda a noite Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade Viram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais será
Cevavam mate, sorriso franco, palheiro aceso Viraram brasas, contavam causos, polindo esporas, Geada fria, café bem quente, muito alvoroço, Arreios firmes e nos pescoços lenços vermelhos
Jogo do osso, cana de espera e o pão de forno O milho assado, a carne gorda, a cancha reta Faziam planos e nem sabiam que eram felizes Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade Viram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais será”
COLORADA:
“(Olha a faca de bom corte, olha o medo na garganta O talho certo e a morte, no sangue que se levanta Onde havia um lenço branco brota um rubro de sol por Se o lenço era colorado o novo é da mesma cor)
Quem mata chamam bandido quem morre chamam herói O fio que dói em quem morre Na mão que abate e não dói Na mão que abate e não dói Era no tempo das revoluções Das guerras braba, de irmão contra irmão Dos lenço branco contra os lenço colorado Dos mercenário contratado a patacão Era no tempo que os morto votavam E governavam os vivos até nas eleição Era no tempo dos combate a ferro branco Que fuzil tinha mui pouco e era escassa a munição Era no tempo do inimigo não se poupa Prisioneiro era defunto e se não fosse era exceção Botavam nele a gravata colorada Que era o nome da degola nestes tempos de leão”
MALA DE GARUPA:
“Nesta mala de garupa Fumo em rama e um baralho Uma faca na bainha Com a qual eu dou meus talhos Vai num canto escondida Uma ponta de saudade Rapadura e erva mate E um bilhete prá cidade
Lá no fundo guardo um sonho Desses que jamais vingou Uma funda e uma isca
Da pandorga o que sobrou Um punhado de caminhos E outras tantas geografias Um pedaço de esperança Mais um tanto de alegria
Nesta mala de garupa Fumo em rama e um baralho Uma faca na bainha Com a qual eu dou meus talhos Vai num canto escondida Uma ponta de saudade Rapadura e erva mate E um bilhete prá cidade
Vai um sol já meio gasto E uma rosa esquecida De lugar onde refaço Meus estragos e feridas Dentro dela meus retalhos Meus amores, minhas lidas Nesta mala de garupa Vai a vida, vai a vida
Nesta mala de garupa Fumo em rama e um baralho Uma faca na bainha Com a qual eu dou meus talhos Vai num canto escondida Uma ponta de saudade Rapadura e erva mate E um bilhete prá cidade”