O número de amantes da cultura gaúcha está crescendo constantemente dentro e fora do RS.
Viver no Rio Grande do Sul é estar inserido dentro de uma cultura rica e praticar hábitos muito particulares da nossa terra.
O chimarrão, o churrasco, a dança, a semana farroupilha, pensar nessas coisas já desperta um orgulho enorme no peito e é algo tão comum que nem nos damos conta de como isso é importante para moldar nossos costumes.
Mas tu já paraste para pensar em como deve ser estar longe do pago e, mesmo assim, continuar cultuando a tradição?
Os gaúchos e gaúchas que partem, por vezes dão muito mais valor a esta terra do que nós. Mas não me entenda mal, isso se dá por que eles têm algo que, nós que vivemos aqui, não sabemos como é, eles têm saudade do pago.
Saudade das planícies, dos campos, das rodas de mate, do churrasco de domingo, dos festejos farroupilhas.
Saudade das geadas nas manhãs de inverno, ou de como o minuano sopra gelado nas coxilhas.
É essa saudade que faz brotar a necessidade de passar os valores e os costumes, para as próximas gerações, para que deem valor a essas pequenas coisas tão importantes ao nosso povo.
Muitos que vão procurar nova vida começam a frequentar CTGs como forma de retornar as raízes e voltar a se inserir na tradição por meio dos bailes nas entidades, reuniões e também da dança.
É impressionante a quantidade de grupos de dança folclórica gaúcha espalhados nos outros estados, a grande maioria faz questão de seguir à risca as normas do MTG.
Além disso seguem tanto o estilo Enart quanto o estilo Fegadan, levando, com isso, ainda mais diversidade a cultura além das fronteiras do nosso Rio grande.
Estar longe da sua terra natal, mas mesmo assim, carregar no peito a semente rio-grandense e o orgulho de ser um povo guerreiro, bravo e que sabe valorizar as belezas e o encanto do seu lugar apenas mostra como é forte nossa herança histórica e nosso amor a tradição, os quais, são responsáveis por tantos outras adeptos dos nossos costumes.
Pessoas que não nasceram gaúchas, mas vivem nossos hábitos e tornaram-se gaúchos de coração nascidos em outra querência.
Talvez tu realmente não paraste para pensar sobre isso. Enquanto estamos aqui, e temos tudo tão ao nosso alcance, por vezes não damos o valor que deveríamos.
Que tal começarmos a mudar aos poucos? Com certeza o pessoal do “além pago” gostaria de ter todas as oportunidades que temos aqui.
Forte abraço, e nos encontramos por aí, em qualquer lugar desse Brasil – Gaúcho!
SOBRE A AUTORA:
Juciara Pires, 20 anos, Administradora da página no Instagram DANÇO EM CTG, natural de Pinhal Grande (cidade interiorana), atualmente morando em Restinga Sêca, onde estuda administração na AMF e participa como dançarina da Invernada Adulta Recanto Maestro.