Culinária Típica Gaúcha possui fortes influências da culinária vindo com imigrantes Italianos.

Se existe uma culinária mais rica e com mais contribuições que a Gaúcha, eu desconheço. Baseada na rusticidade nos pratos transmite uma simplicidade e ao mesmo tempo uma complexidade muito grande.

Apesar da pobreza causada pela crise na Itália entre os séculos XVIII e XIX, estes imigrantes trouxeram consigo uma mesa muito farta.

Para uma família italiana mesa farta significa viver bem. E chega a ser prazeroso ver a mesa bem posta, com saladas colhidas da própria horta, bastante comida e belas frutas para finalizar refeição.

O almoço italiano, sendo muito farto era dividido em partes, mas hoje já não trazem toda essa divisão sistemática. São elas:

1. Antipasti: tira-gostos quentes ou frios.

2. Primo piatto: um prato quente como pasta, risoto, gnocchi ou polenta.

3. Secondo piatto: o prato principal. Normalmente, composto pelas proteínas animais.

4. Contorno: uma guarnição para acompanhar o secondo piatto, geralmente sendo as saladas de legumes e verduras.

5. Formaggio e frutta: queijo e frutas, uma espécie de entrada para a sobremesa.

6. Dolce: a sobremesa, com bolos e biscoitos.

7. Caffè – Café.

8. Digestivo: encerramento das refeições geralmente se bebe cachaça, licor ou vinho.

Apesar de todo sofrimento que os colonizadores italianos passaram na chegada ao Rio Grande do Sul, sempre mantiveram o ânimo e a esperança. Com o bom humor e com diversos cânticos, viviam sempre a cantar, para passar o tempo e assim diminuir a árdua tarefa do campo.

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“Quando si pianta la bela polenta, la bela polenta si pianta così, si pianta così, si pianta così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum. Cia cia pum, cia cia pum.”

Aos de família italiana, com certeza já escutaram e cantaram este canto popular do Vêneto. Essa música traz a história da polenta, “o prato dos Pobres”, porém muito difundida aqui no Brasil e principalmente no Rio Grande do Sul, após a chegada das colônias italianas.

polenta

Hoje o prato não falta na casa de um italiano podendo ser acompanhada de linguiça frita, carnes com molho, nata, queijo e outros , ou até mesmo sapecada na chapa, frita, assada, uma infinidade de variações para degustar esse belo prato.

Seguindo na rusticidade deliciosa que os italianos influenciaram na nossa magnifica cultura gastronômica, comentamos sobre a fortaia que traduzido do dialeto Vêneto, significa omelete. Consiste em ovos, queijo, salame ou linguiça, cebola e temperos, tudo misturado e fritos junto.

É um verdadeiro manjar podendo ser servido em qualquer momento, seja café da manhã, almoço ou janta, podendo ser acompanhado de uma polenta, pão ou até mesmo puro.

fortaia italiana

Ao chegar o inverno, com toda certeza, todos pensam em se aquecer com uma boa sopa de agnolini. Uma comida que verdadeiramente abraça e acalenta, porém nem sempre foi assim. Nos primórdios utilizava-se o fidelini, pois não se fazia agnioloini como hoje, a sopa era enriquecida com carne Lessa ou miúdos e ossos e bem temperada, com adição de grãos como milho e feijão.

Por fim, mas não menos importante ao se falar de culinária italiana, a primeira coisa que se vem à mente é um delicioso vinho colonial.

Quase sempre feito de maneira artesanal na garagem da casa, com uvas colhidas e amassadas pela mesma mão, sempre complementa e harmoniza toda a comilança da colonada. Além de Regar divertidíssimas noites de carteado, jogos de bocha ou mesmo para acompanhar uma grande conversa e conto de histórias. Um bom vinho, na verdade, vai bem a qualquer hora.

A culinária Gaúcha e brasileira estão longe de ser apenas nomes limitados e denominações. Está além! É cultural e tem muita história por trás, que claramente poderá contar com os mais ricos detalhes.

imigrantes italianos

SOBRE O AUTOR:

Hassan Cole, 24 anos, nascido em Casca-RS, interior de Passou Fundo.

Mudou-se muito novo para a Bahia, onde junto com a família e outros gaúchos residentes e na região fundaram um CTG na cidade de Barreiras-BA, CTG Estância do Rio Grande.

Formou-se em Química Industrial pela Universidade Estadual de Goiás. Mudou-se para Porto Alegre para fazer mestrado em Engenharia Química na UFRGS.

Ao mudar-se para Porto Alegre dançou por um ano no CTG Tiarayú. Hoje defende o CTG da cidade de sua família na declamação, o CTG Pousada dos Tropeiros de Santo Antônio do Palma-RS, 7aRT. Atualmente, dança no grupo TCHÊ UFRGS, grupo de extensão de Danças e Cultura

#Culinária #Gastronomia #Gaúchos

1 COMENTÁRIO

  1. “Apesar de todo sofrimento que os colonizadores italianos passaram na chegada ao Rio Grande do Sul, sempre mantiveram o ânimo e a esperança”. Não entendi a expressão no texto. Louvo toda a cultura trazida pelos colonizadores italianos para a nossa terra, porém, afirmar que foi um sofrimento terem fugido da guerra, atravessado o oceano e se instalado numa terra rica como a do Rio Grande, de uma gente que os acolheu sem restrição, senhores, deixa de ser um sofrimento e sim, uma luz na escuridão.

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